segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quando o sexo não chega

E depois é assim, o corpo corresponde ao impulso e dá-se e vem-se e faz vir. Mas depois quando chega a altura de olhar fundo nos olhos, quando chega a altura de sorrir com cumplicidade, dar as mãos e deixar que os suores se fundam sem vontade de afastar ou ir tomar um banho rápido, aí, percebo que é difícil o quanto é difícil estar com alguém que não nos preenche de verdade. Mas quantos não estão assim? Nem todos os casais estão juntos por amor profundo e verdadeiro! Não, nem todos. Tenho a certeza. Mas a sentir-se assim como eu me sinto, quase porco, quase nulo, quase homem, deve haver muito poucos. Ou nenhuns. Como é que eu faço para te dizer que não quero mais?

6 comentários:

Jorge Pessoa e Silva disse...

Apenas uma sugestão: olhares nos olhos e dizeres não quero mais. Sem eufemismos, que muitas vezes ofendem bem mais do que a verdade nua e crua.

eu... disse...

Concordo plenamente com o comentário anterior. Sem rodeios, é muito mais fácil e não deixa margem para dúvidas.

Mariposa disse...

Nunca é fácil dizermos a alguém que (provavelmente) gosta (ou pensa que gosta) de nós que não pretendemos continuar a relação... De qualquer forma, viver na angústia da "desonestidade" sentimental (especialmente connosco próprios) deve ser insuportável. Quando nos sentimentos melhor com todos os outros do que a/o companheira/o, quando a cumplicidade não é mais do que um desejo que nunca se concretiza, quando o sexo não dá sequer prazer carnal e serve apenas para cumprir a função física, quando estamos desejosos que a manhã chegue e o dia de trabalho comece... então o melhor é mesmo expormos os sentimentos e, de forma "educada", não eufemística, não lamechas, enfrentar a verdade. A conversa pode ser dura (ou não, por vezes somos surpreendidos), mas o alívio que lhe sucede traduz-se na recompensa há muito desejada: a paz de espírito. Boa sorte :-)

Só para não confundir disse...

E então? Acabou ou não acabou?

Anónimo disse...

Por mais que custe há que ser sincero e dizê-lo. Nada pior do que nos arrastarmos numa relação que não desejamos, é mau demais! Coragem.
Bárbara

Vontade de disse...

Diz, simplesmente. Não empates. Dói. Mas dói mais que nos empatem.