terça-feira, 5 de julho de 2011

De como não funciono

Já passei há muito a fase do encantamento físico. Da mama polposa, da anca lúcida, do rabo tronchudo... já não me fascino com o que pode ser talhado, melhorado, polido. Olhos. Fixo os meus nos teus, com algum desinteresse e vejo como reages. Olhos firmes de testa levantada cativam-me, não na sobranceria, mas no mano-a-mano, sem máscaras. Olhos melosos, caídos no cativante submisso, prostitutozinhos, desesperam-me, a ponto de, houvesse um funcionalismo directo de percepção-consequência, me socarem com uma força tal que me atiraria borda fora do planeta.

Mulheres, gosto de mulheres, não de mulherzinhas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Look on the (b)right side

Não sei de cor nenhuma citação romantica, nenhum poema (nem mesmo uma estrofe) e peco por cada vez que debato de mim para comigo quando podia partilhar emoções. Não serei o companheiro perfeito, quando pretendo marcar uma posição limito-me a oferecer flores. Sou áspero. Rude. Estou a milhas de ti em tudo. Sem que nunca me tivesse importado perante o hiato existente face à tua delicadeza, discorrer adequado, sorriso cúmplice. O cordeiro voluntariamente sacrificado às mãos da sacerdotiza, rendido e feliz. Não vejo melhor parceria. Eu em virtude de ti.