terça-feira, 1 de março de 2011
Com o meu braço como almofada
Sei que te dói. Por me doer também. Tu não sabes mas sinto-te em mim. Ainda ontem, não tenho forma de garantir as horas, isso não tenho, mas sei que estiveste mal, tão mal que todo eu me condoía por sequer respirar sabendo que tu nesse momento cederias o lugar da tranquilidade à dor da vida. Da vida em que te deitas numa cama que não fizeste. As camas podem ser duras e frias, sou o primeiro a admiti-lo, que provo diariamente uma rocha irregular onde se afina o vento e se lançam as ondas. Habituei-me a dormir assim desde que te perdi. E nota, tenho de dormir por ser nos meus sonhos o único lugar onde nos encontramos plenamente, não fosse esse detalhe e até ao descanso teria renunciado. Descansar para quê, viver para quê, sem ti...
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1 comentário:
"...Deixa meu ser que rememora sentir o amor, ainda que amar seja um receio, uma lembrança falsa e vâ, e a noite deste vago anseio não tenha manhã."
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